Ladrão de almas. part 3

Lembrança de sangue.

No frio e com a incerteza de onde estava, Meg começou a se lembrar do dia que fez sua vida mudar. Tudo ficou tão nítido em sua cabeça...
'Era um sábado como outro qualquer, com uma única diferença, era o aniversário de Suze, a mãe de Meg. Suze não queria nenhuma comemoração, mas Meg e seu irmão Max não queriam que o dia passasse em branco. Resolveram então que a noite comprariam um bolinho para cantar os parabéns. Chegado a noite, Suze e Meg saíram para comprar o bolo em uma padaria que ficava aproximadamente uns 5 quarteirões dali, mas Max preferiu ficar em casa jogando seu vídeo game como normalmente fazia. O clima estava bom, era uma noite até um pouco gelada por ser outono, mas era agradável, por isso, mãe e filha decidiram ir a pé á padaria. As duas conversavam normalmente, quando em uma parte mais escura do caminho começaram a ouvir passos a seguindo-as. Não se importaram muito, afinal poderia ser qualquer pessoa caminhando. De uma hora para a outra Suze parou de falar, e Meg viu que a mãe tinha parado de andar um pouco atrás dela. Quando Meg se virou, viu um homem alto e vestido todo de preto puxando os cabelos de sua mãe. Meg sentiu um arrepio invadir seu corpo, e apesar de ter 15 anos ela foi corajosa o bastante para começar a bater naquele estranho e a gritar:
-Solta minha mãe seu cretino!!
Mas suas palavras tornaram-se pó, algo tinha acertado seu rosto muito forte, Meg cambaleou e caiu no chão. Ela não conseguia ver direito, mas sentiu ser arrastada pelo braço por aquele homem para um lugar perto de onde estavam, mas um lugar mais escuro e silencioso, e a única coisa que ouviu agora era os gritos abafados de sua mãe pela mão daquele homem e a respiração rápida e forte daquele monstro. Meg sentia muita dor, não conseguia se mover, a sua queda brutal no chão com certeza tinha provocado alguma ferimento, pois ela não conseguia movimentar suas pernas. Por entre as lágrimas que não paravam de sair de seus olhos, deixando sua vista embaçada, Meg viu sua mãe sendo enforcada pelas mãos daquele homem. Suze se debatia muito, não conseguia gritar pois sua garganta doía muito por estar sendo apertada, mas ela só pensava em sua filha. Meg vendo o desespero da mãe começo a sentir muito ódio, ela queria fazer alguma coisa, mas era como se ela não controlasse seus movimentos. De repente ela viu que sua mãe tinha parado de se debater, será que o homem tinha soltado suas mãos envolta dos pescoço dela? Mas Meg viu que algo estava estranho, sua mãe não se movia contra aquele homem, parecia que ela não estava consciente. A única coisa que Meg via era que o homem estava fazendo uns movimentos estranhos, como se estivesse... Estrupando sua mãe. Meg foi invadida por uma fúria surreal, ela tirou forças que pensava nunca ter, e começou a se arrastar em direção daquele homem. Ela tentava se reerguer e se arrastar ao mesmo tempo, e longo pode ouvir o som sair de sua voz. Começou a gritar muito, xingando o homem que estava por cima de sua mãe e pedindo socorro. Meg gritava muito alto. Até que algo foi maior que o som de sua voz, era como se algo tivesse sido explodido. Logo, sentiu algo atravessar seu lado esquerdo do corpo, entre o peito e o pescoço, como se tal coisa tivesse rasgando seu corpo, e por onde passava deixava um rastro de fogo. Meg olhou o rosto raivoso do homem que segurava um revolver na mão e logo olhou para o sua blusa que esta manchada de sangue. Uma bala havia sido disparada contra ela. Tudo começou a rodar, e antes que Meg apagasse, ela ouviu ao longe, o barulho das sirenes da polícia.'

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