Ladrão de almas. part 4

Dor e Luz

Meg ouvia o barulho das sirenes ao longe, mas parecia que aquele som nunca se aproximava. Os segundos passavam lentamente, mas a dor que se instalava pelo seu corpo era rápida. A bala que lhe atingirá fazia com que todo seu corpo queimasse. Lágrimas cercavam seus olhos, e com a vista um tanto que escura, ela viu aquele monstro que abusou de sua mãe correr. Ele estava fugindo e Meg não podia fazer nada. Meg estava se entregando a sua dor, quando algo tocou a sua face. Era mãos frias, mas tão macias quanto uma seda. Ela insistiu, e com dificuldade, abriu um pouco dos seus olhos, mas a imagem que vira era apenas de um clarão, estava tão difícil de se enxergar. Ela fechou os olhos novamente, queria apenas se concentrar naquela pele fria que fazia a sua dor ardente diminuir. Era como se uma droga tivesse sido injetada no seu corpo quando aquelas mãos lhe tocaram, ela não sentia mais dor e uma calmaria invadiu seu corpo. Com um leve sussurro difícil de se ouvir, ela disse:
-Quem é...
-Você ficará bem, durma. - Respondeu aquela voz.
Meg conseguiu distinguir que aquela era uma voz masculina, era uma voz tão doce, que chegou como música aos seus ouvidos. Ele, de alguma forma, fazia com que ela se sentisse melhor. Mas como em uma fração de segundos, aquelas mãos se livraram dela e a luz se apagou. Aquele homem sumiu dali. Meg ouviu vários passos que andavam rapidamente, deviam ser os polícias. O frio foi embora, e Meg voltou a queimar por dentro. Ela já tinha esquecido da dor, mas agora, ela veio como trem e lhe atingiu por inteira. A dor a fez lembrar de sua mãe, ela já não suportava mais aquilo. Meg então se lembrou da doce voz, e se deixou adormecer.

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