Eu não te traí, meu amor


Edie namorava Ana já algum tempo, mas nos últimos meses perceberá que sua namorada andava muito estranha. No entanto, achando que era frescura de mulher, Edie nem deu muito importância, achando que logo ela iria voltar ao normal. Os dias foram passando e Ana estava cada vez mais distante de Edie, já não conversava muito e nem correspondia aos carinhos do namorado. Ana andava muito triste e calada, Edie insistia em perguntar o que estava acontecendo, mas a menina dizia que não era nada. A impressão que Edie tinha era que sua namorada sempre estava com medo de algo. Cada vez mais distante, Edie passou a pensar que talvez Ana estivesse o traindo... só podia ser isso, devido que a namorada nem tinha interesse em o beijar mais. 
Certo dia ao se encontrarem, Edie percebeu que a namorada estava cheia de marcas roxas na perna, ele então perguntou a namorada o que eram aquelas marcas, mas Ana respondeu que não era nada, que ela tinha se machucado. A menina não conseguia mas nem olhar nos olhos do namorado ao responder. Furioso, Edie agarrou Ana pelo braço e disse:
 - O que tá acontecendo com você Ana, porque você ta tão diferente? O que você está escondendo de mim?
Ana saiu correndo dos braços do amado, e foi para o banheiro vomitar. Edie chegou ao banheiro e viu a namorada com a cabeça curvada no vaso sanitário e chorando desesperadamente.
- O que houve meu amor? Você está passando mal? - disse Edie.
Ana limpou a boca, virou-se, e apesar de não enxergar praticamente nada devido as lágrimas, olhou nos olhos do rapaz e disse:
 - Eu estou grávida amor.
Aquilo foi a pior coisa que Edie poderia ter ouvido, pois confirmava a traição da sua namorada, afinal os dois nunca haviam se relacionado sexualmente. Ana tentou achar uma maneira de explicar o que estava acontecendo, mas Edie não deixou, xingou a menina de todos os nomes possíveis, disse que ela era uma vadia e que tinha nojo por ter namorado com ela.
Edie nunca mais teve notícias da namorada, 4 meses haviam se passado, certamente ele estava feliz com aquela criança na barriga e com o canalha com quem ela havia o traído. Mas Edie tentava não pensar naquilo e voltou sua atenção para a TV. Sua mãe bateu no quarto, entrou e o rapaz viu que a mãe estava chorando.
 - Filho, sua ex-namorada Ana morreu. Ele tomou muitos remédios tentando abortar, mas ela também não resistiu. Encontram esse bilhete com seu nome do lado do corpo dele.
Perplexo, Ediei apenas pegou o bilhete, suas mãos estavam tremulas. Ele estava com raiva da Ana pelo que ela havia feito, mas percebeu naquele momento que ainda amava muito a menina. Abriu o bilhete, aquela era mesmo a letra da namorada...

"Amor, estou com saudade. Eu só queria que você tivesse me ouvido. Eu nunca te trai. Esse filho maldito é tudo culpa do meu tio. Eu nunca te contei, porque eu tinha certeza que se eu contasse ele iria me matar. Amor, ele abusava de mim, e se eu não cedia, ele me batia com tanta força e falava que ia dizer para meus pais que era eu que o estava acediando. Eu tinha nojo de mim mesma, e nojo daquele homem que ensujava meu corpo. Ele tirou minha virgindade e ainda me engravidou. Desculpa amor, eu devia ter lhe contado... Mas eu tinha muito medo de morrer. Por isso entendo sua raiva. Mas eu vou tirar esse animal do meu corpo amor, e nós poderemos voltar a viver juntos. Eu não ligo se meu tio tentar me matar, eu corro qualquer risco para poder te ter de volta. Essa criança não vai acabar com nosso amor. Eu só espero que de certo... Se não der, só quero que você saiba que você é a pessoa que eu mais amo no mundo. Me perdoa."


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  1. Tipo, chorei aqui. Esta carta n fim... "Mas eu tinha muito medo de morrer. Por isso entendo sua raiva. Mas eu vou tirar esse animal do meu corpo amor, e nós poderemos voltar a viver juntos."

    Muito triste. Mas eu adorei a forma que você escreve. Beijos e bom fds.

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