Parte 1
"O beijo dele seria a minha salvação, se não fosse pela raiva que ele me fazia passar e também pelo medo que eu sentia quando estava ao seu lado"
Minha primeira viajem. Sozinha.
Nada melhor para começar o meu ano, ainda mais sabendo que essa era uma viajem só de ida. Sério, meus pais realmente perderam o pouco de sanidade que tinham. Essa conversa de um futuro melhor pra mim é tudo mentira, certeza que eles estavam querendo se livrar de mim. Agora eu sou obrigada a me mudar quilômetros de distância e ir morar com uma tia que eu não vejo desde os meus 8 anos e ter que encarar meus 3 primos que eu nem me lembro ao menos como são os rostos dele. E o pior eu ainda não mencionei... Começar em uma nova escola. "Uma das melhores instituições de ensino do país" segundo meus pais. Pra mim, apenas mais uma sociedade ultra capitalista de riquinhos e mimados. Mas infelizmente eu teria que encarar, pois tudo que pude fazer para continuar na minha cidade eu já fiz.
Tá que minha cidade não era um lugar em que qualquer garota desejaria viver. Cidade chata e sem nenhum atrattivo. Os poucos 'amigos' que eu tinha, considerava-os infantis demais para conversar. Quanto a garotos não tenho nem o que dizer, se no mundo existisse a capital das pessoas feias com certeza minha cidade seria escolhida. Eu sei que existe todo esse lado de beleza interior, mas para se sentir atraída por alguém, beleza exterior ajuda muito!
Faltam dez minutos para o avião aterrissar, minutos que passam despercebidos, pois eu estava impressionada com a paisagem da cidade. A primeira coisa que pensei foi 'A cidade tem praias!' - isso era ótimo.
Ta legal, hora de descer. Será que eu iria lembrar da minha tia? Bom, ao descer do avião pude perceber que isso foi mais fácil que eu pensava, pois ela continuava se vestindo do jeito mais perua que existe, e era a única ali que estava com vestido vermelho e sandálias de salto amarelas. Sorri. Porem meu sorriso foi retribuído por um menino de cachos castanhos que vinha em minha direção. Ele tinha olhos verdes, percebi isso quando ele parou na minha frete.
"Oi Duda, ta lembrada do seu priminho"
Meu priminho...Hã? O que eu estava vendo ali era um retrato da perfeição e não o menino remelento de 9 anos atrás. Aquele não podia ser o Cadu, ele estava muito lindo para ser verdade. Eu sabia que devia ter passado rímel antes de viajar.
continua...
voce tem que escrever um livro, menina! amo as histórias aqui e imploro pra que vc continue.
ResponderExcluircontinua isso logo, todos os dias eu passo aqui pra ver se já está a continuação, quero muito ler *-*
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