Pular

Somente assim ela resolveria seus problemas. Fugir já não bastava, pois nenhum lugar era ideal para se encontrar a paz. Ela estava cansada demais, fraca demais, entediada demais. Alem disso, quem foi que disse que ela fazia parte daquele mundo? Não, ninguém nunca lhe disse isso! Pois se a verdade não existe, porque ela está ali? Pular não seria nada demais, algo banal, normal. Pois ela já sabia que era apenas um produto, onde sua marca registrada era sorrisos sem sentido, e sentimentos sem significado. Além do mais, pular seria apenas uma aventura, era algo como pegar um ónibus sem saber qual era seu destino final... Isso, pular seria uma viajem á um lugar desconhecido. Alem de que, a paisagem dali de cima era espetacular. Nada melhor para dar fim a uma vida... Decidida, se equilibrou sobre os próprios pés, e uma brisa soprou sobre seu rosto. Sentiu alguém lhe empurrar...

Porem ao lado contrário do qual ela esperava.

Impedida de pular por ele... Anjo estúpido que achava que mandava em sua decisões.

Ela, que queria voar, agora estava de volta ao chão, deitada sobre a grama, com o anjo acariciando seus cabelos.