Zona de (in)segurança
Me acostumei com a solidão. Me acostumei com essa paz que eu sinto quando estou sozinha. Me acostumei tanto, que as vezes sinto vontade de ficar reguardada, aqui no meu cantinho, aqui nos meus sonhos. É que esse escudo que eu criei para não me decepcionar mais, agora faz parte de mim.
E por mais que eu busque pessoas e coisas, nada mais me completa. Ainda me sinto sozinha diante a uma multidão. Ainda sinto o vazio diante uma conversa. E ainda continuo sem esperanças... Pois esse medo me bloqueia de ir em frente, de me aproximar das pessoas, de confiar e de me entregar. É complicado para quem está de fora, e julgam me como se eu fosse de outro mundo. E é difícil sair dessa zona de conforto que eu criei em minha volta, justamente para disfarçar minha insegurança. E eu sei que não há pessoa no mundo que possa fazer isso mudar. Só depende de mim...
Mas por enquanto, não posso. Minhas mãos não se movem, minha consciência não permite. Ainda não estou pronta para chorar, para me libertar desse meu escudo. Ainda não está pronta para me decepcionar novamente. Eu não vou fingir ter uma coragem que eu não tenho, eu não vou distribuir sorrisos só para mostrar que eu estou bem assim do jeito que estou.
O mundo já está cheio de falsos sorrisos, de falsas promessas e de amores sem sentido. Aprendi isso, vivi isso e me assustei com a capacidade das pessoas em não se importar com as outras. Então não quero ser atingida assim, ser apunhalada por pessoas que um dia já confiei. Então, deixe assim como está, afinal, esse escudo tem motivo.
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